16 de julho de 2017

YOGA NAS FÉRIAS: DÁ PRA PATICAR?



HUMBERTO J. MENEGHIN


Muitas vezes quem sai em férias e viaja para um lugar muito distante, fora do país ou até para mais perto acaba por também tirar férias da prática pessoal; não pratica, seja dentro ou fora do tapetinho. Por que isso acontece, se em casa alguns praticantes conseguem manter a regularidade da prática pessoal e até se dedicam ao estudo das escrituras?


Sair em férias e viajar é muito bom, tira você da rotina. No entanto, dependendo para onde você vai e com quem, isso pode causar até uma ponta de inveja em algumas pessoas de seu convívio, pois gostariam de fazer o mesmo e não podem naquele momento.


É sabido que quando saímos em férias, o que vale é se divertir, conhecer gente nova, não ter horário para nada, degustar a gastronomia local, relaxar, ficar na praia, respirar ar puro e sim visitar as atrações turísticas aonde todo mundo vai.


E, nesse corre corre, a prática do Yoga na maioria das vezes não cabe na agenda, ou seja, não se tem tempo, porque você quer aproveitar muito cada minuto de Paris, da Toscana, de Nova York, de Montreal e Toronto, dos Parques da Disney (?), da Chapada Diamantina, das praias do Nordeste do Brasil e da caríssima ilha de Fernando de Noronha.


Tainá de Oliveira viajou para a Flórida com o marido, os três filhos e a sogra. Praticante inveterada do Yoga, toda Zen, quando voltou dos Estados Unidos respondendo à pergunta do professor de Yoga se havia praticado nas férias, Tainá disse que não teve tempo, que tudo foi muito corrido, que mesmo querendo não pode, aliás disse que mais se cansou do que descansou nas férias, chegando ao ponto de dizer que precisava tirar umas férias das férias. 


Pois bem, a praticante Tainá poderia ter dispensado pelo menos dez minutos diários para focar a atenção na respiração, concentrar-se, tentar meditar ao invés de dispensar todo seu tempo para cuidar dos filhos, do marido e ainda da sogra.


Então, somente quando retornou à normalidade da prática tanto com seu professor e em casa que ela realmente conseguiu descansar, na verdade, de umas férias que foi estressante, voltada a maratonas a parques temáticos, compras em excesso e arrumação de malas para o retorno.








Com Diana Sampaio foi diferente. Ela e a amiga foram para Grécia, a amiga da Diana, a Dulce, não era praticante de Yoga; Diana já praticava há três anos e nessa viagem que fez por conta com a boa amiga até levou o tapetinho de Yoga e por incrível que pareça conseguiu pelo menos praticar meia hora por dia, seja pela manhã ou na hora do belíssimo pôr do Sol em Santorini. Então, Diana, manteve o compromisso com a prática nas férias instigando a amiga Dulce até adotar a prática também.


No entanto, o contrário aconteceu com Adriano de Carlo que nas férias passadas foi para Botswana, Namíbia e África do Sul, viajando com alguns amigos em carro alugado pelas longas estradas africanas ... Adriano levou até o tapetinho na mala, mas sequer viu a cor dele por conta “da falta de tempo”; no entanto, usou o tempo yogico na contemplação da paisagem, da savana, do deserto, das formações rochosas e do céu noturno extremamente estrelado da Namíbia para se conectar com o Universo.


Walter dos Santos foi com a esposa para Morro de São Paulo na Bahia, tirando a irritação que teve com o som absurdamente alto que o cara da lancha colocou enquanto visitavam uma piscina natural para ver os peixinhos, Walter disse que fez algumas Saudações ao Sol enquanto estava na praia e só isso. No entanto, disse que pelo fato de estar se reconciliando com a esposa em vista de desentendimentos que tinham tido, procurou colocar em prática o Yoga fora do tapetinho, os Yamas e Nyamas, o que tornou o momento agradável, na santa Paz.


Já a Patrícia Ferraz uniu o útil ao agradável e foi para o Jalapão com um grupo de praticantes de Yoga, para se retirarem, fazerem trilhas, praticarem bastante e aproveitarem muito a Natureza exuberante daquela parte do Brasil.


Apesar de cara, a viagem foi maravilhosa e Patrícia manteve naturalmente a prática pessoal durante as férias, tudo porque tirou férias com Yoga incluído. Cabendo o mesmo para aqueles que vão para a Índia em férias, seja por conta ou num grupo específico com o intuito de conhecerem a Terra do Yoga, suas estórias, práticas, absorvendo o conhecimento da fonte.






Então, ao sair em férias pergunte-se: Vou ter tempo para praticar? Se a resposta for não, pense na possibilidade de apenas adotar paradas curtas, ou seja, pequenas tentativas de meditar, de contemplar, de relaxar. 

No entanto, se achar que não terá o seu tempo nem leve o tapetinho e aproveite tão somente o que deve ser aproveitado, quem sabe enquanto degustar a culinária local  e observar o cenário a sua volta a sua atenção fique plena o bastante por alguns minutos.

Harih Om!


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